OS INVESTIMENTOS PODEM ESTAR POR UM "FIO"

Imobiliárias temem “fuga em massa” de investidores

A Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (ASMIP) reagiu esta segunda-feira à criação do Imposto Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis, antecipando “consequências negativas” no investimento imobiliário e uma possível “adesão em massa” à fuga de capitais.

O novo imposto aplica-se a imóveis acima de 600 mil euros e a associação teme que alguns investidores que adquiriram imóveis com o regime de vistos gold “possam cair nas malhas” do novo imposto e “sentir-se-ão traídos, correndo-se o risco de rumarem a outras paragens”.

Além disso, a ASMIP aponta outro motivo para eventuais saídas de capital “e até de sedes físicas de empresas não incluídas nas isenções previstas”. Como a nova tributação se aplica à soma dos Valores Patrimoniais Tributáveis (VPT) da mesma entidade, há grupos económicos que pagam impostos integrados no Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) que facilmente somarão um VPT abrangido pelo imposto, “podendo alguns equacionar a deslocalização dessas empresas para outros países”.

A associação frisa que o país “perde” com a saída do capital, já que a colocação de mais imóveis no mercado e a “consequente desvalorização” podem afetar o sector imobiliário. “Uma adesão em massa a esta fuga em frente pode provocar um cataclismo de preços no mercado, onde todos ficaremos a perder”, conclui.

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